domingo, 12 de abril de 2009

Comportamento: Fome oculta


A Fome oculta, também referida como deficiência marginal, é uma carência não explícita (não aparente) de um ou mais micronutrientes no organismo, sendo atualmente identificada como o problema nutricional mais prevalente no mundo. Neste estado, os estoques de vitaminas e minerais diminuem silenciosamente, sem apresentar sinais nem sintomas, os quais, só ficam evidentes, quando o estágio mais grave da deficiência está instalado.
Constitui-se no estágio anterior ao surgimento de sinais e sintomas clínicos de carência detectáveis e não está necessariamente associado a patologias claramente definidas, como as observadas na má nutrição protéico-energética.
Esta carência pode ocorrer devido à deficiência de um micronutriente específico, porém, freqüentemente ocorre combinada com outras deficiências de vitaminas e minerais, em razão da estreita associação entre fontes alimentares, vias metabólicas e funções fisiológicas de forma que, carências múltiplas podem estar mascaradas pela carência maior de um único micronutriente.
A fome oculta compromete várias etapas do processo metabólico, merecendo destaque as alterações observadas no sistema imunológico e no desenvolvimento físico e mental do indivíduo. Ocorre quando, por razões econômicas, geográficas e/ou educacionais, o indivíduo têm acesso a uma dieta básica pouco diversificada e, normalmente, deficiente em vários micronutrientes, sendo o número de famílias afetadas ainda mais expressivo que os acometidos pela desnutrição protéico-energética.


Refeições com pouca variedade de alimentos e com excesso de gorduras, sal e açúcares, podem nos levar a um estado de saúde extremamente contraditório: obesidade (ou até mesmo peso saudável) aliada à carência de nutrientes essenciais ao perfeito funcionamento de nosso corpo. Este costuma ser o quadro da “Fome Oculta” que não faz distinção de classe social, renda ou grau de escolaridade.

Uma em cada quatro pessoas no mundo sofre de “Fome Oculta”.
Em geral, a “Fome oculta” é lenta e silenciosa e não apresenta sintomas aparentes à curto prazo. Entretanto, à médio e longo prazos, aumentam os riscos para desenvolver doenças como osteoporose, câncer, diabetes, problemas cardiovasculares, hipertensão e envelhecimento precoce.

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