quarta-feira, 24 de junho de 2009


terça-feira, 2 de junho de 2009

ATENÇÃO!!!









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Veja nomes de passageiros do voo AF 447, segundo familiares e empresas

Pessoas de diversas origens estão entre os passageiros do voo AF 447, da Air France, que saiu do Rio de Janeiro na noite de domingo (31) rumo a Paris e desapareceu sobre o Oceano Atlântico. A lista oficial com os nomes dos passageiros ainda não foi divulgada, mas familiares e empresas já apresentaram 44 nomes de quem embarcou. O voo levava 216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a companhia aérea.


Ana Carolina Rodrigues
Ana Carolina Rodrigues é pesquisadora da organização não governamental Viva Rio e estava trabalhando junto com Pablo Dreyfus, outro passageiro, no projeto de proteção a jovens que vivem em territórios vulneráveis.

Antônio Augusto Gueiros
Antônio Augusto Gueiros, de 46 anos, é diretor de informática da Michelin, fabricante de pneus.

Berg Andersen
O advogado norueguês Berg Andersen, 37 anos, funcionário da empresa de petróleo StatoilHydro, viajou para uma reunião marcada na sede da empresa, na Noruega. Ele estava acompanhada do advogado brasileiro Gustavo Peretti, 30 anos, e da geofísica brasileira Marcela Pellizon, de 29 anos.

Bianca Cotta
A médica Bianca Cotta e o procurador federal Carlos Eduardo Lopes de Mello se casaram no último sábado (30) em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e seguiam para a lua de mel na França.
Carlos Eduardo Lopes de Mello
O procurador federal Carlos Eduardo Lopes de Mello e esposa dele, a médica Bianca Cotta, se casaram no último sábado (30) em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e seguiam para a lua de mel na França.
Christin Pieraerts
Christin Pieraerts, funcionária francesa da Michelin. Ela voltava para a França.

Christine Badre Schnabl
A sueca Christine Badre Schnabl, de 34 anos, vivia havia dez anos no Rio de Janeiro e voltava com a família para passar férias na Suécia. Estavam no voo AF 447 Christine e o filho de 5 anos, Philipe. Ela e o marido costumavam viajar em aviões separados, a fim de evitar que, em caso de acidente, os filhos perdessem o pai e a mãe ao mesmo tempo.
Deise Possamai
A catarinense de Nova Veneza Deise Possamai, de 34 anos, é funcionária pública da prefeitura de Criciúma (SC) e viajava para fazer cursos na França.

Erich Heine
A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) confirmou em comunicado que o presidente de seu Conselho de Administração, Erich Heine, está entre os passageiros do voo. Ele ocupa o cargo desde maio de 2008 e viajava a trabalho para Paris.

Francisco Eudes Mesquita Valle
Francisco Eudes Mesquisa Valle é diretor da transportadora de combustíveis TLW e embarcou no voo AF 447 com a mulher, Maria de Fátima, o filho e a nora.

Giovanni Batista Lenzi
O italiano Giovanni Batista Lenzi, deputado da Província Autônoma de Trento e Região Alto Adige, também veio ao Brasil para entregar uma doação às vítimas das enchentes que atingiram Santa Catarina.

Gustavo Peretti
O advogado brasileiro Gustavo Peretti, 30 anos, funcionário da empresa de petróleo StatoilHydro, viajou para uma reunião marcada na sede da empresa, na Noruega. Ele estava acompanhado da geofísica brasileira Marcela Pellizon, de 29 anos, e do advogado norueguês Berg Andersen, 37 anos.

Harald Maximillian Winner
O alemão Harald Maximillian Winner, 44 anos, iria à Alemanha para providenciar os documentos necessários para se casar no Brasil, segundo sua noiva, Helen Pedroso.

Hilton Jadir Silveira de Souza
A família de Hilton Jadir Silveira de Souza, de 50 anos, confirmou que ele estava no voo. Engenheiro da Petrobras e natural de Montes Claros (MG), ele ia para a Alemanha a serviço da empresa. A Petrobras disse que só vai se pronunciar depois da divulgação da lista de passageiros.

Isis
A francesa Isis é uma das passageiras do voo 447 da Air France. Ela viajava com o dentista brasileiro José Ronnel Amorim. O casal tinha vindo ao Brasil para visitar a família em Niterói.

Izabela Maria Furtado Kestler
A professora Izabela Maria Furtado Kestler, que leciona Literatura Alemã na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seguia para Leipzing, na Alemanha, onde acontece um congresso na Assembleia da Sociedade Goethe-Weimar.

João Marques da Silva Filho
João Marques da Silva Filho, de 67 anos, que pertence ao quadro de gerentes do Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, viajava para acompanhar testes de equipamentos.

José Roberto Gomes
Segundo a assessoria da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC- Rio), o professor do departamento de administração José Roberto Gomes, de 50 anos, embarcou no domingo para participar de um congresso em Paris. O professor trabalhava há nove anos na universidade e estava sozinho na viagem.

José Ronnel Amorim
O dentista José Ronnel Amorim fez 35 anos no domingo (31), dia que embarcou no voo 447, segundo sua mãe. Ele viajava com a mulher, a francesa Isis.

Júlia Chaves de Miranda
A advogada Júlia Chaves de Miranda, de 27 anos, mora em Berlim e, segundo uma amiga, passava férias em Belo Horizonte, onde mora sua família. Ela viajava com o noivo alemão.

Juliana de Aquino
A cantora Juliana de Aquino, de 29 anos, mora há seis anos na Alemanha e veio a Brasília para visitar a família. Muito abalado, o pai disse ter certeza de que a filha estava a bordo do avião, pois conversou com ela por telefone pouco antes da decolagem.

Leonardo Veloso Dardengo
O oceanógrafo Leonardo Veloso Dardengo é aluno de doutorado de engenharia civil da Coppe da UFRJ. Segundo a assessoria, o estudante seguia para Toulouse, na França, onde fazia parte de seu doutorado.
Letícia Chem
Letícia Chem, 36 anos, viajava com os pais Roberto e Vera Chem para a Grécia.

Lucas Gagliano
Lucas Gagliano era comissário de bordo do voo AF 447 da Air France e ficou no país durante 15 dias para o enterro do pai, segundo Jorge Luís, que se identificou como tio dele. Ele morava na França.

Luciana Seba
A psicóloga Luciana Seba viajou acompanhada do marido, o empresário Paulo Valle Brito e dos sogros, Maria de Fátima e Francisco Eudes Mesquita Valle, diretor da transportadora de combustíveis TLW. Ela nasceu em Niterói e morava atualmente no Rio.
Luigi Zortea
Prefeito de Canal San Bovo, em Trento, na Itália, Luigi Zortea também visitou o município de Gaspar (SC) para entregar doação a um centro de apoio psicossocial às vítimas das enchentes.

Luiz Roberto Anastácio
Executivo da Michelin, fabricante de pneus, Luiz Roberto Anastácio, de 50 anos, é presidente da empresa para a América Latina.

Marcela Pellizon
A geofísica brasileira Marcela Pellizon, de 29 anos, funcionária da empresa de petróleo StatoilHydro, viajou para uma reunião marcada na sede da empresa, na Noruega. Ela estava acompanhada do advogado brasileiro Gustavo Peretti, 30 anos, e do advogado norueguês Berg Andersen, 37 anos.

Marcelle Valpaços Fonseca Lima
A procuradora Marcelle Valpaços Fonseca Lima está entre os passageiros do voo 447 da Air France. A informação foi confirmada pela Associação dos Procuradores do Rio de Janeiro.

Marcelo Parente Gomes de Oliveira
Chefe de gabinete do prefeito do Rio Eduardo Paes, Marcelo Parente Gomes de Oliveira, 38 anos, embarcou no voo AF 447 da Air France. A prefeitura informou que ele é advogado e professor de direito da PUC. Parente começou a trabalhar como assessor de Paes em 1993, na subprefeitura da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Casado há sete anos, ele não tem filhos e fazia uma viagem particular com a mulher.

Marcia Moscon de Faria
Marcia Moscon de Faria trabalha na Vara da Infância, Juventude e Idoso na Praça Onze, no Centro do Rio, segundo o Tribunal de Justiça. Ela viajava com duas amigas.

Maria de Fátima
Maria de Fátima viajou com o marido, Francisco Eudes Mesquita Valle, diretor da transportadora de combustíveis TLW, o filho e a nora.

Octavio Augusto Ceva Antunes
Octavio Augusto Ceva Antunes é professor do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e viajou para assistir a uma palestra. Entre 2004 e 2008, ele foi consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) na produção de fármacos anti-HIV.
Pablo Dreyfus
Pesquisador da organização não governamental Viva Rio, Pablo Dreyfus atua em estudos sobre a produção de armas no Brasil e atualmente trabalhava no projeto de proteção a jovens que vivem em territórios vulneráveis.

Patrícia Maria Nazareth Ceva Antunes
A servidora Patrícia Maria Nazareth Ceva Antunes, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é uma das passageiras do voo 447 da Air France. Ela viajou junto com o marido Octavio Augusto Ceva Antunes e o filho. Patrícia é especialista em Regulação e Vigilância Sanitária.

Paulo Valle Brito
O empresário Paulo Valle Brito viajava com a mulher, a psicóloga Luciana Seba, e seus pais. Ele teria casado recentemente. O motivo da viagem não foi confirmado.

Philipe
Philipe, de 5 anos, é filho da sueca Christine Badre Schnabl, de 34 anos, que vivia havia dez anos no Rio de Janeiro e voltava com a família para passar férias na Suécia. Christine e o marido costumavam viajar em aviões separados, a fim de evitar que, em caso de acidente, os filhos perdessem o pai e a mãe ao mesmo tempo.
Príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança
A Casa Imperial do Brasil confirmou que o príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança, de 26 anos, embarcou no voo 447 da Air France. Filho do príncipe Dom Antonio, ele é descendente de Dom Pedro II, e era o quarto na linha sucessória do trono. De acordo com informações de Carlos Eduardo Artagão, chanceler do Diretório Monárquico do Brasil, o príncipe é formado em administração de empresas e mora em Luxemburgo, e estava no país para visitar os pais.

Rino Zandonai
Diretor da Associazione Trentini Nel Mondo, o italiano Rino Zandonai veio ao Brasil para entregar uma doação a um centro de apoio psicossocial às vítimas das enchentes que atingiram Santa Catarina em novembro de 2008.
Roberto Corrêa Chem
O cirurgião plástico gaúcho Roberto Corrêa Chem, de 65 anos, é diretor do banco de peles e chefe do serviço de cirurgia plástica da Santa Casa de Porto Alegre. Ele viajava com a mulher e a filha para a Grécia.

Sílvio Barbato
O maestro Sílvio Barbato, ex-regente da Orquestra Sinfônica Brasileira e do Theatro Municipal do Rio, está entre os passageiros. Ele mora no Rio de Janeiro, viajou para se apresentar na Ucrânia e na Itália.

Simone Jacomo dos Santos Elias
A psicóloga Simone Jacomo dos Santos Elias, de 40 anos, trabalha no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ela viajava com duas amigas.

Sonia Maria Amorim
Sonia Maria Amorim trabalha na Vara da Infância, Juventude e Idoso na Praça Onze, no Centro do Rio, segundo o Tribunal de Justiça. Viajava com duas amigas.

Vera Chem
Mulher do cirurgião Roberto Chem, Vera Chem, 63 anos, é psicóloga. Ela voava com o marido e a filha para a Grécia. O casal tem outros dois filhos, de 38 e 30 anos.

Fonte : http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1178395-5602,00-VEJA+NOMES+DE+PASSAGEIROS+DO+VOO+AF+SEGUNDO+FAMILIARES+E+EMPRESAS.html

Tripulante de avião desaparecido veio ao Brasil para o enterro do pai
























Lucas esteve no Brasil para assistir o enterro do pai, que faleceu há 15 dias (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)

O comissário de bordo do voo AF 447 da Air France, o brasileiro Lucas Gagliano, ficou no país durante 15 dias para o enterro do pai. A informação foi passada nesta terça-feira (2) por Jorge Luís, que se identificou como tio dele.

O tio disse ainda que Lucas era apaixonado por aviação e morava na França. Segundo Jorge, a mãe do rapaz está em estado de choque.

Identificação dos passageiros

De acordo com nota divulgada pela agência nesta terça-feira (2), por enquanto, foram confirmados 56 passageiros e um tripulante brasileiros. A Air France, entretanto, afirma que estavam a bordo 58 passageiros brasileiros, além de 61 franceses, 26 alemães, nove chineses e outros de diversas nacionalidades.

A Anac diz ainda que está acompanhando os trabalhos de atendimento da companhia aérea Air France às famílias e aos amigos dos passageiros e tripulantes que estavam na aeronave.

Buscas

As buscas entraram no segundo dia nesta terça-feira (2). O avião sumiu dos radares depois de sofrer uma pane após atravessar uma área de turbulência. Havia 228 pessoas a bordo. As circunstâncias do desaparecimento ainda são um mistério.

Segundo a Air France, o sumiço do Airbus 330-200 ocorreu a meio caminho entre as costas brasileira e africana.
A Aeronáutica informou nesta terça-feira (2) que encontrou objetos metálicos e não-metálicos no Oceano Atlântico. Ainda não há confirmação de que sejam partes do Airbus. O coronel Jorge Amaral disse que objetos foram visualizados por aviões da Força Aérea Brasileira em dois pontos distintos, distantes 60 km entre si, a cerca de 650 km a noroeste de Fernando de Noronha.

Papa se solidariza com parentes de passageiros do voo desaparecido























O papa Bento XVI expressou nesta terça-feira (2) sua solidariedade aos parentes dos passageiros e da tripulação do voo da Air France, que desapareceu no oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo.

Em breve comunicado, assinado pelo secretário de Estado Vaticano, o cardeal Tarciso Bertone, o papa invoca a "misericórdia divina" pelas vítimas da tragédia. Bento XVI expressa também sua "proximidade espiritual" com todos aqueles que foram "duramente" afetados por esse drama.

Entre os ocupantes do avião - 216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a Air France - há um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens. A lista oficial de passageiros ainda não foi divulgada, uma vez que a empresa tentava entrar em contato com todas as famílias antes de revelar os nomes.

A Aeronáutica informou no começo da manhã que aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) avistaram uma poltrona, uma boia laranja, um tambor, objetos brancos, além de mancha de óleo e querosene que podem ser do avião da Air France.

Os objetos foram localizados em dois pontos distintos, distantes 60 km entre si, a cerca de 650 km a nordeste da Ilha de Fernando de Noronha. Neste raio, segundo a Marinha, estariam neste momento as embarcações particulares que até então não teriam localizado qualquer vestígio da aeronave que decolou no domingo do Aeroporto do Galeão, no Rio.

Mais militares

Imagem de satélite mostra o Oceano Atlântico, com a região de buscas ao Airbus, na manhã desta terça-feira (2). (Foto: AP)


Aeronave pertencente à Marinha francesa chega a base militar em Natal (RN), para ajudar nas buscas pelo Airbus da Air France desaparecido no oceano Atlântico enquanto seguia do Rio de Janeiro para Paris, na noite de domingo (31) com 228 pessoas a bordo - 59 delas brasileiras. (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)




Central de rádio do Destacamento de Controle de Espaço Aéreo acompanha buscas realizadas em Fernando de Noronha (Foto: Carla Lyra/G1)




A Aeronáutica enviou, nesta terça-feira, mais aviões e aumentou o efetivo de militares no trabalho das buscas pelo Airbus da Air France desaparecido no caminho entre Rio de Janeiro e Paris, na noite de domingo (31), com 228 pessoas a bordo, sendo 59 brasileiros. Até esta segunda-feira (1º), 100 militares se dividiam em frentes de ações em Natal, Recife e Fernando de Noronha.

As aeronaves que trabalhamnas buscas do voo AF 447 localizaram vestígios e pequenos destroços no oceano, mas ainda não há confirmação de que sejam do Airbus desaparecido. Uma aeronave pertencente à Marinha francesa chegou à base militar em Natal (RN).

Nesta terça-feira, uma aeronave militar decolou de Fernando de Noronha para realização de varreduras com utilização do radar de abertura sintética. O avião identificou materiais metálicos e não metálicos flutuando no oceano, a cerca de 650 quilômetros a Nordeste de Fernando de Noronha.

Segundo a Aeronáutica, ao menos 10 aeronaves estão disponíveis nas ações de busca e resgate. Outras aeronaves chegaram a Fernando de Noronha para levar peças de manutenção, combustível e mantimentos. O efetivo atual da corporação na ilha ainda não foi divulgado.

Possíveis destroços podem ser levados de helicóptero para Fernando de Noronha

















*Aeronaves R99 (esquerda) e P95 são usadas pela Força Aérea nas buscas pelo Airbus (Foto: Carla Lyra/G1)


02/06/09 - 17h02 - Atualizado em 02/06/09 - 17h18

Os supostos destroços do Airbus da Air France encontrados, nesta terça-feira (2), no Oceano Atlântico, podem ser levados de helicóptero para Fernando de Noronha. Como o arquipélago não tem condições de permitir que um grande navio seja atracado no local, pequenas embarcações podem ser usadas para levar o material para análise militar.

Uma poltrona de avião, pequenos pedaços brancos, uma boia laranja, um tambor, além de vestígios de óleo e querosene foram identificados pelos militares envolvidos nas buscas.

Segundo o comando da Força Aérea Brasileira (FAB) no arquipélago, dois helicópteros poderão ser usados para levar as peças encontradas no mar para Fernando de Noronha. Em virtude da distância e dificuldade de navegação no ponto das buscas, um dos navios da Marinha pode atracar em uma região mais próxima e transferir os supostos destroços para uma embarcação menor.

Às 17h, um Hércules da FAB pousou no arquipélago para levar combustível necessário para abastecer as aeronaves militares que vão participar da operação.

Três navios da Marinha já estão no local das buscas e serão usados para fazer o transporte.

Às 15h45 desta terça-feira, uma aeronave da FAB decolou de Fernando de Noronha. Quinze minutos antes, um helicóptero da Aeronáutica tinha pousado no arquipélago. Às 16h20, um avião Bandeirante chegou ao aeroporto para reabastecimento. Por conta da instabilidade meteorológica na região, apenas o helicóptero poderia permanecer no local.

Segundo o comando do Cindacta-3, a operação de resgate das peças vai içar os militares da Aeronáutica do mar. O destino das peças só será definido após a avaliação preliminar do tamanho delas.

Fonte : http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1180106-5602,00-POSSIVEIS+DESTROCOS+PODEM+SER+LEVADOS+DE+HELICOPTERO+PARA+FERNANDO+DE+NORON.html

Jobim confirma queda do avião da Air France

02/06/09 - 17h09 - Atualizado em 02/06/09 - 18h38

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou nesta terça-feira (2) que os destroços encontrados durante a madrugada no Oceano Atlântico são do Airbus da Air France. De manhã, a Aeronática informou que não poderia confirmar a origem do material.

De acordo com Jobim, as aeronaves de busca avistaram uma mancha de óleo, destroços e uma poltrona. "Nós temos uma posição no sentido de que isso é do Airbus da Air France."

Ao responder a um repórter, Jobim garantiu: "Os destroços são do avião. Isso não há mais dúvida". E acrescentou:

"Eu não trabalho com hipóteses. Nós trabalhamos com dados empíricos. A determinação, que foi feita pelo ministro da defesa em obediência ao presidente Lula e do vice José Alencar, é que essas buscas continuam dentro da modelagem estabelecida pelo sistema Parasar. Há um sistema de buscas que independe de hipóteses e que trabalha exatamente esgotando todas pás possibilidades neste perímetro", disse o ministro da Defesa.

Fios e metais da aeronave

O Airbus da Air France desapareceu após decolar do Rio de Janeiro no domingo (31) em direção a Paris e desapareceu. O voo AF 447 levava 228 pessoas. Jobim disse que não é possível saber se há sobreviventes.

Segundo o ministro, o avião Hércules da Força Aérea Brasileira identificou diversos materiais em uma faixa de 5 km. "Fios, metais, enfim, elementos que compõem a aeronave", esclareceu. O local fica dentro da área em torno do arquipélago de São Pedro e São Paulo. Ele esclareceu:
Os objetos encontrados no mar serão recolhidos e embarcados no navio Grajaú, da Marinha. A embarcação levará o material para Fernando De Noronha.

Investigações

Jobim explicou que as investigações ficam sob responsabilidade do governo na qual a aeronave foi registrada, no caso, a França. O Brasil ficará responsável pela busca de corpos, resgate de vítimas e destroços.

"São duas coisas distintas. A investigação de apuração das circunstancias são feitas pelo governo francês. A legislação da Ical estabelece que as investigações são feitas pelo governo ou autoridade aeronáutica do governo de registro da aeronave, mas com a participação de outros governos que envolvam passageiros de outras nacionalidades ", afirmou Jobim, que ressalta que não é possível saber se o avião explodiu.

Familiares

O ministro teve um encontro com a famílias dos passageiros que estavam a bordo do avião. Ele contou que não conversou com familiares sobre a possibilidade de haver sobreviventes.

"A operação está se fazendo em cima de resultados, não de hipóteses. Se trabalhassemos com hipóteses poderiamos suspender as buscas", disse.

Sobre a lista de passageiros, Jobim afirma que pela legislação internacional, a lista é fornecida pela empresa responsável pela aeronave. Alguns parentes afirmam que não desejam que os nomes das vítimas estejam na lista.

Fonte : http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1180185-5598,00.html

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Desaparecimento do voo AF 447 - Rio - Paris


*Foto do avião que desapareceu (sem data).

A Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou cinco aviões e dois helicópteros para o arquipélago de Fernando de Noronha com intuito de ajudar nas buscas pelo avião da Air France que desapareceu com 228 pessoas a bordo.

As operações prosseguirão durante a noite nesta segunda-feira (1º). Já a Marinha informou que três navios de sua frota chegarão à região às 7h da manhã de quarta-feira.

Brasileiros e franceses formavam a maioria dos passageiros. O voo AF 447 seguia para Paris e, aproximadamente às 23h do domingo (31), sumiu dos radares dos controles aéreos quando sobrevoava o Oceano Atlântico e atravessou uma área de turbulência.

Entre os ocupantes do avião - 216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a Air France - há um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens.

Segundo o site da companhia, estavam a bordo 58 passageiros brasileiros e 61 franceses, além de 26 alemães, 2 norte-americanos, 1 sul-africano, 1 argentino, 1 austríaco, 1 belga, 58 brasileiros, 5 ingleses, 1 canadense, 9 chineses, 1 croata, 2 espanhóis, 4 húngaros, 3 irlandeses, 1 islandês, 9 italianos, 5 libaneses, 2 marroquinos, 1 filipino, 2 poloneses, 1 romeno, 1 russo, 3 eslovacos, 1 dinamarquês, 1 estoniano, 1 gambiano, 1 sueco, 6 suíços, 1 holandês, 3 noruegueses e 1 turco.

A Polícia Federal do Brasil, por sua vez, contabilizou 57 brasileiros a bordo- 56 passageiros e um tripulante, segundo a Anac. Inicialmente, haviam sido registradas 52. A nota da Anac informa que havia alguns passageiros com dupla nacionalidade.

Fonte : http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1178810-5602,00-BUSCAS+PELO+AIRBUS+DESAPARECIDO+NO+ATLANTICO+PROSSEGUIRAO+DURANTE+A+NOITE.html

Mudança de Sexo : O que fazer?


Jazz, de 6 anos, é aparentemente uma estudante norte-americana comum. Usa vestidos, tem cabelos compridos que enfeita com tiaras coloridas, e um quarto rosa e lilás onde brinca de casinha com as amigas. Chega a ser difícil imaginar que Jazz, na verdade, nasceu menino. Quando tinha pouco mais de 1 ano e começava a dizer as primeiras palavras, a criança deixou claro que se sentia como uma menina. Abria os macacões para parecer um vestido e, quando os pais o elogiavam dizendo "bom menino", os corrigia dizendo "boa menina". Os pais de Jazz acreditaram que aquilo iria passar. Mas não passou. A criança continuava insistindo nas coisas de meninas e dizia que o pênis era um engano. Um dia, surpreendeu a mãe com a seguinte frase: "Quando a fada boa vier, será que ela pode mudar minha genitália?"

Casos como o de Jazz, que sofre de um distúrbio conhecido como transtorno de identidade de gênero, começam a gerar sérias discussões na Europa e nos Estados Unidos. Não existe uma teoria definitiva sobre o assunto. Na prática, é como se a criança tivesse nascido no corpo errado. Alguns especialistas defendem que até a oitava semana de gestação, os cérebros de todos os fetos são iguais: femininos. Depois desse período, a testosterona (hormônio masculino) surge no organismo dos bebês que serão meninos e começa a atuar na formação do feto. Uma possível falha hormonal nesse processo pode imprimir o gênero errado no cérebro de algumas crianças. O hormônio atinge o corpo, que desenvolve órgãos sexuais masculinos e outras características, mas não chega ao cérebro, o que faz com que a criança, ao nascer, pense e se sinta como menina. Ou, então, o hormônio chega ao cérebro, mas não ao corpo.

Seja qual for a explicação exata, psicólogos, médicos e educadores não sabem exatamente o que fazer em casos de crianças, que como Jazz, são chamadas de transgêneres. Há quem defenda que detectar o problema na infância pode evitar traumas às crianças e aos pais. "Na verdade, essas crianças são transsexuais. Eles sentem que nasceram no corpo errado e percebem isso desde crianças, por isso querem mudar o corpo. Mas não significa que elas tenham atração por pessoas do mesmo gênero", diz Antônio Carlos Egypto, psicólogo e sociólogo, membro fundador do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual (GTPOS).

E o transtorno não se manifesta apenas em meninos. Em 2004, Rebecca, então com 14 anos, escreveu uma carta para os pais, dizendo que deviam chamá-la de Jeremy. Ela pedia que eles aceitassem o que ele realmente era. Cortou os cabelos, comprou roupas masculinas e começou a usar faixas debaixo da roupa para disfarçar os seios. Foi bem aceito na escola, mas logo começou a menstruar e quis tomar hormônios para bloquear a chegada da puberdade. Com medo de perder o filho, que estava deprimido, os pais deixaram que Jeremy tomasse os hormônios aos 16 anos. Agora, o jovem faz a barba, a voz engrossou e o corpo se tornou mais másculo. Especialistas se dividem quanto à idade para começar a tomar hormônios bloqueadores. A maioria dos médicos, no entanto, concorda que quanto antes, melhor. Por outro lado, a terapia hormonal também traz riscos à saúde, pois aumenta as chances de câncer de mama e de esterilidade. Na casa da família Grant, os pais estavam satisfeitos com o casal de gêmeos, Ally e Richard, que nasceram há 11 anos. Aos 2 anos, porém, Richard começou a dar sinais de que queria ser como a irmã, uma menina. Os pais tentavam estimular o menino a fazer atividades de menino. Até que, um dia, eles surpreenderam Richard tentando abrir um cortador de unhas para cortar o próprio pênis.

E o preconceito que crianças transgêneres sofrem pode passar de xingamentos e chegar ao extremo. Gwen Amber Araujo, uma transgênere norte-americana de 17 anos, foi cruelmente assassinada em uma festa, em 2003, após colegas de faculdade descobrirem que era biologicamente homem. Hoje, a mãe dela, Silvia Guerrero, dá palestras sobre o assunto tentando informar a população "até que as pessoas parem de morrer pelo que são". Os assassinos foram presos. Mas Silvia diz que sente falta de abraçar a filha. "Eles mataram meu bebê, que eu gerei no meu ventre, e não um adolescente aberração-transsexual".

Rodeio, tumulto e quatro mortos


No sábado (23), quatro pessoas (três mulheres e um homem) morreram e pelo menos 50 ficaram feridas durante tumulto no Jaguariúna Rodeo Festival, no interior de São Paulo, o segundo maior rodeio do País depois de Barretos.

A confusão ocorreu por volta da meia-noite, quando foram abertos os portões de acesso à arena de shows. Imagens registradas por câmeras de segurança indicam uma provável briga entre duas gangues.

As atividades do rodeio foram canceladas pela Justiça. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar os responsáveis pelas mortes.

Realidade : Sem defesa


Por Daniel Santini
daniel.santini@folhauniversal.com.br


Em 19 de maio, um grupo de professores, juristas e representantes da sociedade civil participou de audiência pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina para cobrar a criação da Defensoria Pública, conforme prevê a Constituição Federal. O Estado é o único do País que ainda não cumpre o texto de 1988 na criação do órgão específico de acesso à Justiça para os mais pobres.

A estrutura de Defensoria Pública, determinada pela Constituição, é baseada na contratação de funcionários por meio de concurso. Além de atender quem não tem dinheiro para contratar advogados, os defensores também são responsáveis por promover a divulgação de direitos e podem abrir ações coletivas visando o interesse de grupos excluídos. O modelo é considerado exemplar e já recebeu elogios de representantes de órgãos internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Apesar disso, Santa Catarina deve permanecer sem Defensoria Pública. A Procuradoria Geral do Estado defende que o sistema atual, um convênio em que advogados vinculados à Ordem dos Advogados Públicos (OAB) recebem por atendimento, chamado de “Defensoria Dativa”, é “o melhor sistema de atendimento jurídico para pessoas carentes do País”. Em nota, a assessoria de imprensa do procurador-geral Sadi Lima, conselheiro vitalício do Conselho da OAB, explicou a posição do Governo justificando que a criação de um órgão específico, com gabinetes e funcionários públicos, seria mais cara que o modelo terceirizado.

A tese é questionada pela professora Maria Aparecida Caovilla, mestre em Direito e autora do livro “Acesso à Justiça e à Cidadania”, um estudo sobre o serviço prestado em Santa Catarina. “A Defensoria Dativa custa mais caro e não funciona. Há uma dívida histórica e os advogados afetados com a falta de pagamento trabalham sem receber”, diz. A dívida do Governo com a OAB é de R$ 60 milhões e, segundo a Procuradoria, está sendo paga aos poucos. Estima-se que o Estado gaste cerca de R$ 20 milhões por ano com o sistema. Não é só a questão financeira, porém, que deve ser considerada, de acordo com André Castro, presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos. “A Constituição determina a criação (da Defensoria) e um estado democrático de direito tem que cumprir a Constituição”, diz. “O advogado não faz nem de perto o papel do Defensor. O cargo prevê exclusividade e uma série de prerrogativas que o advogado não tem, como o poder de requisitar informações e providências de autoridades, fazer intimações pessoais e trabalhar com prazo em dobro. O defensor é um agente político do Estado”, afirma.

Fama : Efeito sanfona em Hollywood


O efeito sanfona (engorda e emagrece) assombra até celebridades de Hollywood. Mas eles aceitam ganhar e perder peso em nome da arte. É o caso da brasileira Giselle Itié, que só foi aceita em "Os Mercenários", filme rodado por Sylvester Stallone no Brasil, porque perdeu mais de 4 quilos exigidos pela produção.

Para atuar em "Homem de Ferro 2" a já magra Scarlett Johansson perdeu cerca de seis quilos. Pelo mesmo processo passou o ator Colin Farrell, que emagreceu 19 quilos para aparecer magérrimo no filme "Triage", ainda sem data prevista para chegar ao Brasil. Do lado oposto, Renée Zellweger aceitou ganhar 13 quilos para protagonizar “O Diário de Bridget Jones” (2001). No fim do ano passado, a cantora e atriz Fergie apareceu com sete quilos a mais para ser uma prostituta rechonchuda no musical "Nine", que estreia em novembro nos Estados Unidos.

Mas a situação mais inusitada foi a de Russell Crowe, que descobriu que deveria engordar mais de 100 quilos para viver o capitão Jack Aubrey, em "Mestre dos Mares: O Lado Mais Distante do Mundo" (2003). E começou um regime de engorda. No meio do caminho, porém, o diretor Peter Weir decidiu que não queria um capitão obeso. Crowe, então, teve que perder imediatamente tudo o que já havia engordado. (G.B.)

A polêmica do choque


Estou tonto, falta-me o ar. Só ouço as batidas do meu coração. Minhas pernas estão tremendo, acho que vou desmaiar. (...) O enfermeiro pediu que abrisse a boca, e por ela enfiou um tubo preto, oco, de borracha. Disse que mordesse com força. (...) Passou uma coisa gordurosa em minhas têmporas. Eu não conseguia mais raciocinar – estava paralisado. (...) Só escutei parte do meu gemido. Perdi os sentidos.” A descrição feita por Austregésilo Carrano no livro dele, “Canto dos Malditos”, é de uma das mais de vinte aplicações de eletroconvulsoterapia (ECT), conhecida como eletrochoque, recebidas nos 4 anos de internações psiquiátricas depois que o pai de Carrano achou maconha no bolso da jaqueta do rapaz, em 1976. O livro de Carrano inspirou o filme “O Bicho de Sete Cabeças” e ele se tornou um militante contra aquilo que chamou de “chiqueiros psiquiátricos” e suas práticas de “fritar as pessoas”, até sua morte em 2008.

No caso dele, o eletrochoque era usado como medida punitiva, já que ele não apresentava qualquer problema mental. Mas há psiquiatras que acreditam que a eletroconvulsoterapia, que provoca convulsões artificiais através de uma corrente elétrica aplicada nas têmporas de pacientes com transtornos específicos, se feita corretamente, pode salvar vidas. Sérgio Paulo Rigonatti, coordenador do serviço de ECT do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo é defensor da prática. Ele explica que a descarga funciona para ordenar o cérebro, como se a mente fosse uma usina elétrica falhando, que recebe uma carga de energia a mais e volta a funcionar. “No império Austro-Húngaro (década de 30) médicos observaram que quem que sofria de epilepsia melhorava de delírios. Isso não é verdade, mas as pesquisas produziram as terapias convulsivas”, conta.

A equipe de Rigonatti atende cerca de 20 pacientes por dia, que chegam de todos os cantos do País, para as sessões de ECT. O tratamento inicial prevê 12 sessões, duas por semana, e é indicado para depressões graves, mulheres grávidas que não podem tomar medicações, idosos, alguns quadros psicóticos, mania e catatonia. Mas a grande campeã é a depressão, segundo o psiquiatra Eduardo Aratangy.

O Instituto inspira confiança. Reformado recentemente, é bonito, moderno, tecnológico. A enfermaria do ECT é pequena, com boxes para três ou quatro macas, e os aparelhos ficam dispostos sobre pequenos armários onde se guardam protetores bucais descartáveis e outros aparatos. Aratangy explica que, hoje, o paciente é anestesiado para não sentir as contrações, parecidas com cãibras por todo o corpo e que, eram responsáveis por fraturas, pelo sacudir violento dos braços e pernas. Os protetores bucais, que substituíram os tubos de borracha, evitam que o paciente morda a língua ou quebre os dentes. O procedimento é feito em jejum, por causa da anestesia e também para que o paciente não aspire o próprio vômito ou água. Segundo Aratangy, tudo dura cerca de 1 minuto. Depois, os pacientes são levados para o outro lado do biombo, entre as duas salas, para se recuperar da confusão mental. No dia da visita, havia quatro pacientes na recuperação. Três idosos e uma mulher. Todos olhando fixamente para o nada. Na sala de espera, um marido agitado, diz que a esposa e a filha estão sob os cuidados de Rigonatti há algumas semanas. “Sofri 5 anos tentando cuidar sozinho delas. Perdi o emprego, chegamos a dormir amarrados, para que não fugissem ou tentassem se matar.”

Do outro lado dessa corda, está o psiquiatra e fundador do Movimento Antimanicomial Paulo Amarante. “Nós já conseguimos resultados ótimos acompanhando e tratando pessoas desenganadas por essa psiquiatria de remédios.” Ele acredita que é preciso considerar o social na doença psiquiátrica: “Nem sempre o sofrimento tem fundo químico. As pessoas sofrem de miséria, fome, violência sexual.” Amarante afirma que nunca receitou o ECT: “Acho que foi pouco pesquisado e os efeitos colaterais ainda não são conhecidos. Também acredito que a confusão mental, a perda de memória e as dores de cabeça (que acontecem depois da recuperação por conta da forte contração muscular) não valem à pena.”

Os dois psiquiatras concordam em alguns aspectos. Rigonatti também vê o ECT como algo que precisa de novos estudos e pesquisas. E admite que nas décadas de 60 e 70, o eletrochoque era usado como instrumento de tortura e de caráter punitivo. “Cansei de ver psiquiatras frustrados dando choque em quem não precisava.” Mas discordam radicalmente quanto à eficácia do tratamento. “É uma medida paliativa e de resposta imediata apenas. É mais fácil dar um choque e trancar do que tratar”, acredita Amarante. Já Rigonatti diz que é importante desmistificar o tratamento: “O número de óbitos é de um para cada 100 mil aplicações e a resposta é rápida. Além disso, hoje, ninguém é obrigado a se submeter ao procedimento. Se o paciente não quer, assina um termo de responsabilidade e vai embora.”